quarta-feira, 18 de junho de 2025

O espírito do nazismo continua pairando

 



Ilustração: redflag.org.au 


Texto original, de Jair de Souza, em 13/06/2025:

https://www.viomundo.com.br/politica/jair-de-souza-o-espirito-do-nazismo-continua-pairando-sobre-a-humanidade.html


Texto editado / NMM:

O nazismo não foi extirpado com a derrota sofrida pela Alemanha hitlerista em 1945! O nazismo e suas abominações estão hoje mais vigentes do que nunca!

Há inúmeros casos, ao longo da história, que nada ficam a dever às maldades consumadas por Adolf Hitler. O que caracterizou as atrocidades hitleristas foi que, pela primeira vez, entre as vítimas havia pessoas com as mesmas características éticas dos seus algozes. Mas genocídios já vinham sendo praticados há séculos.

Desde que as classes dominantes europeias se lançaram em suas aventuras colonialistas, os povos do mundo vêm sofrendo mortíferas agressões. Civilizações inteiras foram simplesmente dizimadas, tudo para satisfazer a gula por acúmulo de riquezas das classes dominantes do chamado Ocidente.

Aqui na América, a esmagadora maioria dos povos originários foi trucidada, teve suas terras ocupadas e foi despojada de suas riquezas naturais.

A África foi fortemente agredida e teve boa parte de seus habitantes sequestrados e levados para outros continentes para servir como mão de obra escrava.

Atrocidades e extermínios de mesma magnitude também foram cometidos na Ásia e na Oceania pelas forças invasoras europeias com o mesmo propósito.

Portanto, o nazismo hitlerista não demonstrou ser muito diferente da prática habitual de exterminar outros povos. A grande diferença é que, pela primeira vez, essa sanha exterminadora foi lançada também contra uma comunidade europeia, e não apenas contra povos de fora do mundo ocidental.

Como é bem sabido, os judeus na Europa até o começo do século passado nada tinham a ver etnicamente com os antigos povos hebreus, a não ser os vínculos de ascendência religiosa.

Por isso, quando os detalhes sobre a matança contra os judeus europeus pelos nazistas tornaram-se de conhecimento público, a condenação foi generalizada.

Assim, com o pretexto de ressarcir os judeus pelos crimes contra eles cometidos na Europa, as classes dominantes europeias decidiram dar apoio às lideranças sionistas para a criação de um Estado que pudesse dar acolhida àquela população.

Contudo, nenhum dos representantes dessas classes dominantes pensou em lhes oferecer alguma parcela do território da Alemanha, ou da França, da Áustria, da Holanda, ou de algum outro país europeu. Não, nada disso! Eles foram estimulados a criarem seu Estado na Palestina.

Como também deveria ser de conhecimento de todos, o povo palestino nunca cometeu nenhuma atrocidade contra os judeus, nem na Palestina nem em nenhuma outra região.

Mas eles foram os escolhidos para saldar a dívida moral que as classes dominantes europeias tinham com os sobreviventes dos massacres dos judeus. Ao mesmo tempo em que ficavam livre do peso de consciência, retiravam da Europa um grupo de sobreviventes que poderia lhes causar problemas no futuro.

Assim, sob o comando e a orientação do movimento sionista europeu, os remanescentes dos judeus na Europa e em outras partes foram encorajados a se transferirem para a região da Palestina com vistas a erigir ali seu próprio Estado.

O fato de aquelas terras serem habitadas há milênios pelo povo palestino não significava nada para eles. Não obstante a quase totalidade dos principais teóricos do sionismo fossem não religiosos, eles passaram a alegar que o direito a ocupar aquele espaço lhes fora concedido por Deus.

Em outras palavras, renomados ateus transformaram Deus em um corretor imobiliário.

Os sionistas não apenas levaram para a Palestina as pessoas de ascendência judaica sobreviventes do nazismo. Eles também levaram a própria essência da ideologia responsável pela tentativa de extermínio das comunidades judaicas europeias.

Para que não reste nenhuma incompreensão: os dirigentes sionistas seguiram para a Palestina plenamente imbuídos do espírito do nazismo; o sionismo e o nazismo têm muitíssimo em comum.

Afora a divergência sobre qual seria a raça superior, há inúmeras confluências entre o sionismo e o nazismo.

Hoje, com o genocídio em Gaza e na Cisjordânia, os sionistas estão dando provas de que não somente assimilaram as lições nazistas, como foram capazes de aperfeiçoar todas as técnicas de matar, torturar e exterminar seres humanos indesejados.

Porém, com muitíssima mais efetividade do que seus predecessores nazistas, os sionistas atuais provaram ter uma gigantesca capacidade de articular-se com as classes dominantes em outros países e, fundamentalmente, com seus meios de comunicação.

Por isso, mesmo que a população civil indefesa esteja sendo exterminada, e ainda que milhares de crianças estejam morrendo de fome por causa do bloqueio sionista, os meios de comunicação quase não se detêm nesses detalhes.

Neste momento, com a violenta agressão desfechada pelos dispositivos de guerra do sionista Estado de Israel contra o Irã, com o brutal assassinato de dezenas de oficiais iranianos, fica evidenciada outra faceta do sionismo que o aproxima ainda mais do nazismo: a presunção de poder impor todos os seus desígnios sobre outros povos, sem nenhuma preocupação com as consequências derivadas de seus ataques assassinos.

Assim também atuavam os dirigentes da Alemanha nazista. Foi inspirado por similar espírito que as hordas hitleristas invadiram França, Tchecoslováquia, Polônia, União Soviética, etc.

Em síntese, sem nenhum subterfúgio, o sionismo e o nazismo são ideologias de mesma orientação.

As duas se fundamentam no etnocentrismo excludente, na completa falta de empatia com o sofrimento de quem está fora de seu próprio grupo.

Entretanto, a crueldade dos sionistas consegue ser ainda mais acentuada. Eles se fazem de vítimas de perseguição quando seus crimes são expostos e denunciados.

Quem faz qualquer crítica a seus crimes é imediatamente tachado de antissemita. Realmente, os hitleristas não tinham um descaramento semelhante!

Nenhum comentário: